terça-feira, 30 de março de 2010

Fumo negro

Em dias cinzentos a música parece sempre errada. Como se vez após vez após vez colocássemos o disco errado. O efeito verdadeiramente incrível está no facto de que depois não conseguimos deixar de ouvir a música até ao fim. Que nos leva a ficar sob este feitiço? Esta estranha forma de masoquismo que é subjugar a nossa vontade ao rumo que ela parece tomar por si só. A questão aqui é que secretamente o nosso intímo está a dizer-nos algo. Os dias cinzentos não vão deixar de o ser só porque queremos. Temos de lhe dar o que ele deseja. E perceber que as suas faltas são as nossas faltas.

Hoje o meu dia foi cinzento. Ao som da mesma música repetida sem fim na minha cabeça. E não era a música certa.

E saber que um olhar assim seria remédio para tantos males da alma...


Diane Kruger, retirada do E Deus criou a Mulher.

1 comentário:

  1. Nunca nada voltou a ser "Love is suicide".
    Where's the love?Hmm?
    Quando tinha 15 anos costumavas ser o rei da escrita,para mim.Dou por mim a escrever mais que tu.Será que é porque não penso nas consequências?Escrevias bem quando não te preocupavas se alguém lia.Eu lia.

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